3 de setembro de 2013

câmbio, desliga.

Estou saturada de tecnologia.
Essa é a frase que talvez nunca iriam esperar de mim, a pessoa que dorme/come (e se pudesse tomava banho) com o celular na mão desde que descobriu o mundo mágico do smartphone. (Vide imagem abaixo)
Atenção: As declarações a seguir são fortes. 
fotografia: Even

Hoje eu não quis acordar e ir direto pro celular, as 8h ele despertou e as Harpas que me acordariam ficaram tocando até as 8:30h, quando então criei coragem pra encarar aquele brilho de tela capaz de me cegar por alguns segundos.

Ao invés de sentar no computador e fazer os meus deveres eu sentei no chão, peguei uma penca de livros, abri em uma página e li alguma frase de cada um. Li Charles Bukowski, Nelson Rodrigues, João Ubaldo Ribeiro e Chico Buarque. Depois eu postei uma foto deles no Instagram (cê tá vendo meu problema?).
Fiquei pensando em como a minha vida era antes de entrar de cabeça no mundo digital, e fracamente, me deixar possuir pelas maravilhas da tecnologia. Eu só me preocupava com SMS e ligações, uma ou duas vezes por dia eu abria o Orkut pra responder algum recado. Não precisava ficar conectada, eu não ficava conectada e as pessoas mais próximas não ficavam perguntando porque eu tinha sumido, eu estava vivendo a minha vida.
Hoje se eu ficar Off por uma horinha, vou receber iMessage da minha mãe, inbox do namorado, WhatsApp dos amigos, pra saber o que aconteceu que eu sumi. E a culpa é toda minha. Eu mesma criei esse monstro (eu) viciado em celular, viciado em internet, conectado com a tecnologia por um cordão umbilical imaginário.
Pois bem, depois de ler eu chorei. Um choro sufocado de quem estava dentro de um saco plástico fumê. Um choro de quem chegou no limite da dependência tecnológica em 3 anos de vida smathphônica. E é algo muito difícil de assumir. 
E aí eu deitei no chão, olhei pro teto, ouvi algumas músicas. 
E aí eu pensei que eu posso estar com algum problema de dependência de internet.
E aí eu quis me enfiar em uma aldeia indígena lá na Amazônia, mas descobri (googlando) que alguns "tours" custam até 5 mil reais por uma semana morando em uma oca numa Aldeia, pescando, comendo e vivendo como os índios. 
Não vai ser fácil me desligar. Ainda mais com um projeto de Iniciação Científica focado na mídia digital. Com pesquisas diárias na internet por conta do meu TCC e demais trabalhos da faculdade. Ainda mais quando vou ser jornalista, na idade Mídia, diga-se de passagem. Mas eu preciso. Preciso desligar, e isso acontecerá de forma lenta e gradual. 
Não, eu não vou abandonar as minhas redes sociais. A proposta é diminuir, ou aprender a usar. Em definitivo, não sei brincar de internet, se soubesse não estaria nessa situação caótica.
Não serei uma Mariana menos participativa, porque eu GOSTO de expor a minha opinião. Serei uma Mariana controlada, que não vai olhar o celular de 5 em 5 minutos, nem atualizar os aplicativos a cada hora. Será? 
Detox de internet, parte 1. 







4 comentários:

  1. onde da like! Pq a coisa ta ficando tensa com todos! é bem aquela parada: Desconecte-se para conectar! Ass: Xatão

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  2. O controle em usar a internet, para alguns, é realmente foda. É um vício terrível, não há como negar.

    Sábado comentei com alguns alunos que preferia ficar sem tv a ficar sem internet, mas que estava conseguindo me controlar quanto ao uso, ainda mais que, depois de tanto tempo, estava com net boa em casa.

    Como toda dependência, o controle não começa de uma hora pra outra. É necessária uma disciplina espartana para não desesperar quando a bateria acabar, ou não tiver sinal em algum lugar ("mas tenho uma mensagem importante a receber...") Você ACHA que tem, mas não tem...

    Como não tenho fone fixo, dependo do celular pra me comunicar com quem não usa internet para me localizar (meus pais, por ex). Ouvi o toque, larguei a louça toda ensaboada para vir correndo atender... NÃO HÁ NECESSIDADE DISSO!!! Se querem tanto falar comigo, ligam de novo, ou esperam eu ligar de volta.

    "Ah, mas e se acontecer alguma coisa com a Sofia?" "E se precisarem falar urgente com você?" Coisas aconteciam antes do celular e tudo se resolvia... mais devagar, é claro, mas se resolvia. Hoje até diretor de escola conversa com os pais por email, vê se pode!!!

    E assim a vida segue, Mari, a mais plugada aluna que tenho (prefiro verbos no presente pra certas coisas... :))), mas que certamente vai ligar seu PAVIO LONGO quando a tentação bater!!!

    Beijokas

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