21 de agosto de 2013

Por que não?

Não é mais um discurso feminista nem um tópico para discussões fervorosas. É um manifesto em defesa do direto da mulher em exercer seu papel de ser humano. 
Não, mulher não é um objeto de decoração. Mulher não é o sexo frágil. Muito menos inferior ao Homem pra ser tratada (em muitos casos) como tal. 
Chega a ser engraçado, porque a meu ver, a mulher luta bem pouco pelos seus direitos a igualdade. Não que nós sejamos iguais aos homens, mas em certas questões, deveríamos ser. Tipo, as questões salariais. No último Censo o IBGE registrou uma diferença de 30% entre o rendimento mensal dos homens e das mulheres. Nós ganhamos menos, bem menos. Porque somos mulheres? E daí?
Na verdade, há outro ponto que pretendo levar adiante, que é a sexualidade feminina. Pra mim, o tema mais mal discutido e mais "off" do século XXI. Gente, SÉCULO VINTE E UM e pelo menos 90% de mulheres são reprimidas pelo próprio pensamento. 
Nem depois da trilogia 50 Tons, ou da série Crossfire a mulherada acordou, foi chuva de verão. Há um ano atrás, pelo menos 1 em cada 5 mulheres que eu conhecia estava alvoroçada por causa do Sr. Grey e da liberdade feminina em assumir o próprio desejo sexual. E agora? cri, cri, cri. Ilusão a minha em pensar que depois de 50 Tons seria bem diferente. Aliás, antes do romance erótico aparecer por aí, mulher não lia livro desse tipo né? 
Ah, é claro. Vão dizer que mulher assim (tipo, assumida sexualmente) é puta. Porque em algum lugar do século passado as nossas tataravós ensinaram suas filhas (nossas bisavós) que a mulher estava ali para servir o homem. Que mulher de família faz o que o homem manda. E de geração em geração isso chegou até nós e permaneceu. 
Eu tenho mãe liberal, bacana, que conversa comigo sobre tudo do mundo e que soube me explicar, lá nos meus 15 anos, de que a gente (mulher) deve fazer o que tem vontade e não o que mandam a gente fazer. Somos donas dos nossos corpos. 
Ao mesmo tempo que eu tenho esse pensamento livre, vejo uma penca de moças aí reprimidas, que ouvem "certas" coisas e falam: Ai credo! Essas situações acabam me fazendo um pouco contida com as palavras. 
Mulher ruboriza ao falar de sexo. Sexo é normal, é parte do ciclo da vida, ou você tá achando que a cegonha trouxe você? 
Não fala de sexo mas mete o pau na depilação da Nanda Costa. 
Não fala de sexo mas dança todos os funks proibidões com apelo sexual. 
Não fala de sexo mas quer que todo mundo fique olhando pro seu decote.
Não fala de sexo mas fala da colega que "deu" pra todo mundo. 
Reflita fia. 
Mulher não pode comprar lingerie, não pode falar de sexo numa mesa de bar, não pode de jeito nenhum falar sobre masturbação, ou então contar daquela noite com aquele cara. Por que não? 
Desapega dessa submissão sexual e seja quem você quer ser, faça as coisas que você tem vontade. Porque o que você faz, não é de interesse de ninguém, porém, vai te fazer uma pessoa mais feliz. E gente feliz né... É outra coisa.



Katy Perry - Roar (you are gonna hear me a roar , louder, louder than a lion)

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