9 de junho de 2013

"De todos os loucos do mundo...


eu quis você. Porque eu tava cansada de ser louca assim sozinha". (Clarice Falcão)

Quando as relações começam? Porque sabemos que a pessoa é A pessoa? O que faz crescer um desejo tão grande de se ver? Não tem resposta, não tem fórmula.
A vida coloca a gente frente a frente. A gente se reconhece, se entende, se ama e namora.
Esse é o Dia dos Namorados mais legal que eu já tive, provavelmente. 
Sempre me comparo a quem eu fui antes de (te) namorar.
As roupas que me cabiam já não me cabem mais.
Os meus filmes preferidos ficaram pra trás.
Minhas comidas prediletas abriram espaço pra outras mais apetitosas.
A cor das unhas passou de vermelho pra preto.
Aquelas canções que me faziam suspirar hoje nem fazem tanto sentido.
Minha bebida mudou pelos menos umas três vezes.
Eu tenho olhos mais brilhantes, pele sempre rosada, coração sempre cheio.
Meus lábios guardam sorrisos e minhas mãos estão abertas esperando as suas.
É só comigo essa sensação?
Faz todo sentido.
O amor entra como uma nova camada de pele.  É “Extraderme”. É o que faz você sonhar, você ver o céu azul, acreditar na humanidade, chorar com cenas de romance e saber que tem alguém que vai ouvir você contar da sua dor de barriga ou daquele almoço na sua avó.
A amizade é um amor que nunca morre, e Quintana estava certo. Afinal, pra amar é preciso ser amigo, parceiro, companheiro. É uma matemática: você soma a sua vida pra dividi-la com alguém. Subtrai a solidão pra multiplicar bons momentos.
Namorar não é assumir em público, não é mudar o status no Facebook ou dedicar postagens no Instagram.  É acordar e saber que ele existe. É saber que o amor está ali, pronto pra ser consumido, consumado. É acreditar no futuro e planeja-lo em guardanapos de papel ou noites de bebedeira. É fazer juras de dez segundos, dividir o canudinho do refrigerante e rir do outro quando ele tropeçar.
Namorar é taquicardia, sudorese, ansiedade, endorfina. É apelido idiota, mensagem de boa noite...
É paz.
Namorar é muito legal. Bobo de quem não namora. Azar de quem nunca encontrou um namorado(a) dessas que te faz muito feliz (você vai encontrar).
Namorar é abrir a porta de pijamas, esquecer que você tá com cabelo despenteado, ou ir de chinelos ao restaurante. Namorar é vestir alegria.
Namorem, muito. Aliás, namorem pra sempre.
Namorar é discutir, brigar, sentir ciúmes, ficar irritado. Mas depois abraçar e ver tudo em slow motion.
Namorar é namorar.

E esse post é pra você namorado. Ah, Vadinho. Obrigada! Eu nunca mudei tanto. Nunca tinha chegado a esse ser quem sou hoje. Eu sei cheiro, seus gostos, o jeito que você penteia o cabelo, o barulho que faz quando bebe água, sei de que jeito vai me abraçar, como dorme, seus tiques nervosos e a maneira como mexe o gelo na vodka. Namorado melhor não há. Vamos namorar mais um pouco né?
Te amo pin.




Música: Maria Gadú – Quando fui chuva 




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