Tanta
coisa pra viver, tanto mundo pra explorar e a gente ainda se prende a coisas
tão fúteis. Tanto céu pra ver, estrela pra contar, tanto pôr-do-sol
pra assistir e ainda assim ficamos presos vendo televisão. Se faltares hora no
teu dia, talvez você esteja dando mais tempo para o que não é tão importante
assim. Reorganize.
Há
tempos eu venho admirando mundo, diria que isso acontece há três anos. Depois que
entrei pra faculdade de Jornalismo desenvolvi um caráter mais apreciativo e
claro, crítico. Tenho observado mais e falado menos. Tudo que vivo, vejo e
sinto vai parar no meu diário mental, transformando minha mente em uma caldeira
em eterno borbulhar de ideias.
O
que eu vejo são pessoas julgando, maltratando, jogando palavras ruins ao vento
e se importando mais com o ter, do que com o ser. Eu me incluo nessa às vezes. Meu
lado humano é fraco.
Engraçado,
em tempos de “ter”, o “ser” é agredido diariamente. Não pode “ser” diferente,
gay, negro, simpatizante, travestido, hipster, emo, comum. Não pode ser homem
bailarino, não pode ser mulher mecânica. Não pode ser homossexual e namorar em
paz, mas também não pode ser mulher e ter atitude.
Todo
mundo quer ser It girl, blogueiro famoso, rato e academia e fazer humor na web.
Tá ficando chato o mundo. As pessoas estão perdendo a graça. Ninguém critica
pro bem, ninguém é amigo do outro sem interesse, mulher não pode achar outra
bonita mesmo sendo gordinha, e homem não tira foto abraçado demais porque é “viadagem”.
A
minha vontade é mandar um aviso de “Vão a merda” bem grande. Tem uma porção de
coisas bacanas pra serem feitas e você aí babaca enfurnado num escritório 24h
por dia. Ou vivendo uma vida de aparências, que realmente não combina com você.
Tá
bom, o mundo não é um filme de comédia romântica. Mas, se você olhar pro céu 5
minutinhos por dia, e se perguntar o quão grande o mundo é, tenho certeza que
vai descobrir muito sobre si mesmo.
O
que tá por fora muda, se transforma, fica velho. O que tá por dentro é
infinitamente jovem e duradouro, o que tá dentro é o que ninguém tira da gente.
Música: John Mayer - Heartbreak Warfare
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