15 de dezembro de 2011

Aroma de ano novo

Para uma aprendiza a jornalista nada melhor do que usar as palavras para descrever os anseios humanos que me assombraram neste ano de 2011 que em breve se dissolverá. E é deste personagem incrível que eu vou escrever aqui, e dividir com os leitores assíduos os meus devaneios.
Foi incrivelmente inédito começar este ano com o 2º Meta tarso do pé esquerdo fraturado. Eu que não quebrava nada além de dentes, me vi escrava de um par de muletas e uma bota ortopédica. Adeus férias de verão. As aulas recomeçaram, e minha sobriedade me mostrou o quanto anti-social eu sou. De fato, magoei algumas pessoas logo quando 2011 ainda era um bebê.
Ah, o carnaval... Como se esquecer do carnaval de marchinhas de São Luiz do Paraitinga? Impossível. Foram quatro dias longe do limite da sobriedade. Um cavalo de pau da vida e eu estava dentro do 360, não tem nenhum vocábulo que narre exatamente o turbilhão de emoções quando vi uma página de jornal com o meu texto e meu nome. Experimentem, é uma droga.
E vieram, festas e mais festas, Páscoa e os cálculos renais. Quando pensei que fosse o ser humano mais saudável do mundo descubro o poder da minha força, seis horas sentindo cólica de rim. Meu sistema imunológico está em pedaços, cada vez mais esparso. Começa a peregrinação médica e a cara de “saco-cheio” dos meus amigos quando falo da tal cólica de rim. Passou.
Férias de Julho deviam ser sinônimas de Feriado. Passa tão rápida quanto. Um Congresso e a certeza de que eu estava no lugar certo na carreira certa, na idade certa. Julho foi nostálgico, de doces lembranças de uma cidadezinha litorânea chamada Bertioga. Onde construí os alicerces da minha dura personalidade, onde aprendi o valor da família, dos amigos, das pessoas, e da solidão. Minha solidão é sagrada, gosto de estar só, é quando tenho a companhia de mim que sou mais eu.
Agosto de grandes recomeços. Os sentimentos antes intensos estão mais amenos agora que o ano está perto do fim. Festa do Patrão e meus anticorpos desaparecem, é normal. Setembro inteiro pra me recuperar de tanto uísque com energético e cápsulas de cafeína. Nesse meio tempo entre setembro e outubro iniciei a dieta mais rigorosa da minha vida com uma meta, chegar aos 50 kg até dezembro. Outubro e o desespero, em dois meses o ano termina. Florianópolis, família, amor pela comida, assim foi o mês 10.
Novembro? Que novembro? Nem o vi passar. Desespero. Fim de semestre, trabalhos imensos para a faculdade, textos jornalísticos para o Jornal 360 e estudar o bendito inglês. Sabe, no fim deu certo, apesar de eu ter me afastado de pessoas tão importantes do meu cotidiano pela clausura inspirativa. Dezembro... O afetuoso dezembro de emoções afloradas e sensibilidade demasiada. Pude colocar os pingos nos is e me desculpar de todos, por todas as grosserias cometidas. Espero de coração que todos tenham me perdoado.
Estamos perto do fim. Apenas quinze dias para a palavra recomeço se tornar realidade.  Obrigado vida, pelo ano, pelas realizações, pelas conquistas, desejos, devaneios, loucuras, bebedeiras, decepções, medos, virtudes, viagens, oportunidades, bens duráveis... por tudo.
E um recado a todos que estiveram ao meu lado neste ano, não sei se devo citar todos, mas sintam-se citados, o que seria de mim sem cada peça desse meu precioso quebra-cabeças chamado 2011? Nada. A pessoa bruta, grossa, fria, que vocês conhecem também ama, em silêncio, mas ama a todos que passaram e deixaram uma pouco de si em mim, seja em palavras ou atitudes.
Com lucidez estou pronta pra proferir: 2012, vem comigo! 

2 comentários:

  1. mari sempre gracinha c palavras! :) a gente se viu pouco, mas eu sei que vc é e sempre será uma tchuca! ^^ conta comigo sempre, viu? qualquer festinha que precisar! hehe :*

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  2. E você sobreviveu, minha querida! Viva, saudável e meiga o bastante para escrever esse belo texto!

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