Vamos por partes. Descobri E. L. James quando estava
no aeroporto de Congonhas esperando um vôo, folheando uma revista, achei toda a
história de 50 Tons bem interessante, mas o livro ainda não havia sido lançado
no Brasil. Googlei “50 shades of grey” e li o primeiro capítulo, ali mesmo, na
sala de embarque, em pouco mais de cinco minutos e fazendo muitas caras e
bocas. Meu coração disparou e eu entendi o recado: Você precisa ler esse livro.

Sou mulher, adulta e bem resolvida. Sempre
concordei com Nelson Rodrigues quando ele disse que “Mulher gosta de apanhar”.
Não precisa ser uma surra de palmadas, ou chicote de couro. A questão é o
apanhar figurativo. É uma questão de... Saber pegar! Pra mim, é essa a chave
pra tanto sucesso. Todas, nós, mulheres, queremos um Sr. Grey, que seja
possessivo, puxe seu cabelo e diga que você é toda dele. Vamos lá mulherada,
saiam da casca de ‘boas moças’ porque isso não combina com quem leu e gostou do
livro. Nem com metade das mulheres que se dizem: arroz com feijão.
Grey tem estereótipo bonitão, rico, bem sucedido
e com boa pegada. TÁ, ELE É UM FOFO! (HAHA) Beleza, é o cara dos sonhos. Mas ele é mais que isso. Não preciso
ser nenhuma psicológica especializada em relacionamentos e comportamento
masculino, pra entender que na realidade, nenhuma mulher quer uma relação “baunilha”
como a autora cita. Namorinho de mãos dadas e jantar são bacanas, mas não é o
suficiente. Mulher é um bicho que sempre quer mais.
Somos animais também, e a consciência que nos
torna superiores aos outros animais, concluiu que o sexo pode ir além da função
reprodutiva. É carnal, e que fodam-se os pecados. O homem surgiu para, sempre,
descumprir as regras, inclusive as divinas. Donas de casa beatas não me
enganam. E volto a parafrasear Nelson Rodrigues “Se cada um soubesse o que o
outro faz entre quatro paredes, ninguém se cumprimentava”. O prazer existe, e
se existe, por que renegá-lo?
O jogo foi invertido, antes, os homens que eram
os “machões comedores” estão ficando pequenininhos perto de tantas mulheres
decididas a dar e levar uma palmada nas nádegas. Estamos tomando o posto de donas
da relação. Erika Leonard James deu um empurrãozinho em cada uma de suas
leitoras, fazendo-as não mais reprimir seus desejos e vontades, por mais
absurdas que forem.

Apesar de estar achando o segundo livro um pouco
romântico e meloso, entendo que já era hora de Chris e Ana viverem como um
casal, aparentemente, comum. Como a maioria de nós. Ou como a maioria dos casais aparentam ser. Aguardo os próximos capítulos, e o terceiro livro,
com ânsia de que a história não perca sua essência “motivadora”. Além do mais,
enquanto eu não acabar a trilogia, não vou entender o que é que Grey tem.
Vocês que não entendem muito bem o que eu estou
falando, não se preocupem nem fiquem com medo de apanharem. Conhecem o ditado:
Quando um não quer, dois não brigam? Então, é bem por aí.
Só digo uma coisa: Não mordam os lábios meninas!
Trilha para o post (E trilha do Livro!) http://www.youtube.com/watch?v=Ebf3BfgILKM
ah vou ler também!!!
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