Belém além #1

Todos já estão cansados de ver e ler sobre Belém no meu perfil do Facebook. Porém, eu ainda não havia escrito nada formal sobre a cidade e minha rápida passagem por lá. Portanto, aqui vai o primeiro dos vários textos que essa viagem ainda vai me render.

Quando confirmei as passagens aéreas minhas expectativas já eram as maiores do mundo. Para mim, do sudeste, leiga e com uma imagem pré-definida do que seria Belém, não pude deixar de pensar em três coisas: Banda Calypso, Castanha-do-pará e Mercado Municipal do Ver-o-peso. Só isso me associava à capital paraense. Óbvio que eu voltei relacionando Belém com coisas muito diferentes do que essas.

A única certeza que eu tinha era: Belém faz calor. E como faz. Fiquei muito feliz em saber que por lá a temperatura ia chegar aos 35 graus em pleno inverno brasileiro. Fugi do clima gélido do interior paulista e ao descer do avião em Belém, fui calorosamente recebida com um bafo de ar úmido que às 23h fazia o termômetro do celular marcar 26 graus. Incrível.

Senti-me tão bem acolhida que fiz o trajeto do aeroporto até o apartamento do meu irmão tomando vento na janela, igual um cachorro babão. Olhei tudo e todos como se eu tivesse adquirido o poder da visão naquele instante. Não podia perder um segundo do que seria, a viagem mais incrível da minha vida, até o presente momento.

Como boa curiosa que sou e excelente aprendiza a jornalista fiz um kit: câmera fotográfica, bloco de anotações, canetas, gravador e celular. Carreguei a mochila com essa penca de coisas em quase todos os lugares que fui. Da praia ao restaurante chique. Valeu à pena. Tirei quase mil fotos em oito dias. Sem contar os milhares de escritos no bloquinho.

Fui a restaurantes incríveis, dos listados como melhores da cidade até aos mais simples. O tempero paraense me encantou. A fartura de peixes suculentos e camarões graúdos, o jambu que deixa o lábio formigando presente em todas as mesas e o açaí fresco e cremoso. O Tacacá, Maniçoba, Caruru, Peixe Frito com Açaí, Filhote com Ervas Paraenses, Cupuaçu, Sorvete de Castanha-do-pará, etc. Foram muitas ‘orgias’ gastronômicas.

Os bosques, museus, jardins, praças e as árvores centenárias. Belém transpira história na sua fauna, flora e arquitetura. São construções de 1800, 1900. Árvores altíssimas e mangueiras frondosas fazendo um arco sobre as principais vias. E claro, o clima da floresta amazônica que dava pinta ali pertinho, do lado de lá da Baía de Marajó. Como não se sentir especial estando vizinho do pulmão do mundo? Eu me senti idiotamente única.

Certamente eu ficaria até amanhã escrevendo sobre Belém, por esse motivo dividirei os textos. Falarei melhor sobre tudo que eu tive oportunidade de fazer por lá. Agradeço muito ao povo paraense que recebeu a turista branquela cheia de perguntas com sotaque esquisito com muito carinho. Agradeço ao meu irmão, por morar lá e me proporcionar tudo isso. Fernanda, obrigada também por fazer tour comigo pelos bosques calorentos, pelo dia de mulherzinha no shopping e pelo pãozinho de queijo delicioso. Pai, mãe, namorado, amigas, aeromoças, vizinhos de poltrona, taxistas, enfim, a todos!

Ao que eu associo Belém agora? Pessoas incríveis, lugares fantásticos, praias de tirar o fôlego, comida estupenda e Brasil diversificado. Brasil bonito de Deus, que todos brasileiros deveriam conhecer melhor.